1º Domingo do Advento
O Senhor vem visitar o seu povo. Estejamos preparados!
Ao mesmo tempo, esta preparação nos impõe que despertemos do torpor do sono: já é hora de acordar, nos diz São Paulo na carta aos Romanos. O mesmo texto despertou Santo Agostinho de sua grande busca de sentido da vida e o fez acordar para o encontro que transformou sua existência. O Advento nos recorda que, ao longo da vida, nos preparamos para o definitivo encontro com o Senhor através de uma certeza e uma dúvida: é certo que o Senhor virá para julgar os vivos e os mortos, e que o seu Reino não terá fim; incerto, no entanto, é quando isso acontecerá. Esta espera, não utópica e passiva, mas numa atitude de quem já prepara a sua vinda, como os pais que, ansiosos, se preparam para o nascimento do filho.
Este é o sentido da profecia de Isaías que anuncia a transformação de espadas em arados e de lanças em foices. Num tempo em que se fala tanto contra a indústria bélica, em que o desarmamento está na ordem do dia, em que a escalada da violência nos enche de perplexidade e revolta, fica para nós o primeiro convite do Advento: preparar-se para o Natal é desarmar o coração do ódio, do preconceito, da inveja, do orgulho... da falta de Amor.
Texto retirado do folheto da Missa de Domingo.
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