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A tradição cristã nos conta que os catecúmenos - ou seja, aqueles que durante três a cinco anos, se preparavam para a iniciação cristã, eram convidados no primeiro domingo da quaresma a darem o nome para o Batismo. A partir de então, no segundo,terceiro e quarto domingos, havia os chamados escrutínios quaresmais, orações e consulta à comunidade para ver se os candidatos eram realmente dignos de receber o Batismo. Poucos dias antes da sagrada Vigília Pascal, eram-lhes entregues duas orações que deveriam aprender de cor e que não poderia ser partilhada por aqueles que ainda não professavam a fé cristã: o Símbolo, isto é , o Credo, a síntese de nossa fé, e a oração do Pai-Nosso, que deveriam ser aprendidas para a noite do Batismo. Na noite Santa, depois de professarem a fé no único Deus, Uno e Trino, mediante a recitação do Credo, eram levados às fontes batismais, recebiam o Batismo, eram revestidos de uma túnica branca e, com os braços levantados para os céu rezavam pela primeira vez na vida a oração que o Senhor nos ensinou.
Era um momento profundamente impressionante quando, juntamente com a comunidade, com lágrimas nos olhos, eles podiam finalmente chamar a Deus de Pai.
Ao longo de nossa vida nos acostumamos a rezar o Pai-Nosso, sabemo-lo de cor e, por isso mesmo, corremos o perigo de rezar mecânicamente, sem nos darmos conta daquilo que rezamos, daquilo que pedimos. Seria bom que, neste domingo, recordando nossos antepassados na fé, pudéssemos rezar com a mesma emoção, como se fosse a primeira vez, e fazendo desta oração um projeto para nossa vida: Pai nosso que estais nos céus, santificado seja o vosso nome...
retirada do folheto da missa
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