segunda-feira, 31 de maio de 2010



Na próxima quinta-feira,Solenidade de Corpus Christi,recordaremos o grande mistério do Amor.Sabendo que ia passar para o Pai e que iria entregar sua vida na cruz,Jesus quer deixar para nós um sinal de sua presença.Ao longo da história da humanidade,um gesto análogo se repete: o jovem que vai para guerra deixa com sua mãe uma fotografia,uma lembrança que ela guardará como relíquia,como a presença simbólica de seu querido filho por quem ela ardentemente suplica,rogando ao Deus da vida pela sua volta.Também Jesus quis deixar para a humanidade um memorial de seu amor,uma lembrança perene de Deus que tanto amou o mundo que lhe deu seu Filho único,para que todo o que n'ele crer não morra,mas tenha a vida eterna.Mas que um retrato ou uma carta,Jesus deixa Ele mesmo.
Nos sinais sacramentais do pão e do vinho,Cristo se faz presença permanente para a humanidade:Isto é o meu Corpo,isto é o meu Sangue que será entregue,que será derramado por vós.Na Eucaristia,Jesus,tendo amado os seus que estavam no mundo,continua nos amando até o fim.E em cada missa celebrada na face da terra,é o mesmo Cristo que se nos dá em alimento nos sinais sacramentais.
Mais do que muitos milagres que já houve na história da igreja,é a Palavra de Jesus,Verbo Eterno do Pai que, ao transformar a hóstia e o vinho em carne e sangue,nos dá a certeza de sua presença perene.
A festa de Corpus Christi é uma exaltação deste mistério, o reconhecimento público do maior tesouro que o Senhor deixou para a humanidade; Cristo que por nós nasceu,Deus feito homem, que em nosso meio viveu anunciando o Reino de Deus, e que por nós morreu e ressuscitou,continua presente toda vez que o Sacerdote, em cada missa,recita as palavras da consagração,obedecendo à Sua ordem:"Fazei isto para celebrar a minha memória." Ó admirável banquete em que Cristo se nos dá como alimento para a vida eterna, como sinal concreto do amor infinito de Deus,que excede toda compreensão humana!
Dizia Santa Teresa de Ávila: "Que pai haveria,ó Cristo,que tendo nos dado seu Filho uma vez,e vendo-o tão malquisto,de novo o entregasse à nossa rudez?" Diante deste amor inefável,só nos resta exclamar com a sagrada liturgia: "Graças e louvores sejam dados a cada momento ao Santíssimo e Diviníssimo Sacramento"

Texto retirado do folheto da Missa do dia 30 de maio,folha elaborada pela Comissão Arquidiocesana de Pastoral Litúrgica do Rio de Janeiro.

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