Completam-se hoje 90 anos das aparições aqui na Cova da Iria e nós queremos pedir a Maria que mostre uma vez mais toda a sua solicitude materna pelos homens e mulheres do nosso nosso tempo, às vezes tentados a esquecer Deus para se prostrar diante do “vitelo de ouro” das fatuidades da terra. Maria sabe que está em risco a salvação eterna dos seus filhos e, por isso, repete o apelo de Jesus: “Arrependei-vos e acreditai no Evangelho” (Mc 1, 15). A mensagem de Jesus torna-se, assim, a mensagem de Maria. É um apelo forte e decidido como aquele que só uma mãe sabe fazer a seus filhos nos momentos importantes da sua vida.
A Maria fomos entregues por seu Filho na Cruz, quando este lhe disse no transe da agonia: “Mulher, eis o teu filho”; e, desde aquele momento, o seu coração de Mãe ficou aberto para nós; como aberto ficara o coração do Filho trespassado pela lança do soldado. Dois corações abertos por um mesmo amor pelo homem e o mundo.
A nossa oração
Hoje sentimos necessidade de nos dirigir a ela com a invocação dum conhecido hino da liturgia: Monstra te esse Matrem. Ó Maria, mostrai-nos que sois Mãe! Os nossos dias deixam-nos a impressão de que muitos se afastam da casa do Pai.
Nós aqui unimo-nos em súplica ao redor da Mãe, para que ilumine as suas consciências e faça regressar os filhos pródigos à casa do Pai. Uma menção particular lhe fazemos dos filhos que vivem na Europa, tentada a esquecer aquela fé que fez a sua força no decorrer dos séculos.
Nos nossos países, está em curso uma apostasia sub-reptícia, que não nos pode deixar indiferentes. Ao Imaculado Coração de Maria, entregamos hoje os destinos dos homens e dos povos do nosso continente, enquanto nos comprometemos a colocar novamente no coração da nossa sociedade aquele fermento do Evangelho que permeará a sua história ao longo dos séculos.
A fim de conseguirmos tão nobre finalidade, prometemos a Maria todo o nosso empenho para ser “o sal da terra e a luz do mundo”. Com a nossa oração, o nosso trabalho e o nosso testemunho cristão, havemos de corresponder ao apelo de Maria e, assim, favorecer a difusão do Evangelho de Cristo no mundo atual.
De fato, nós acreditamos – como diz o Concílio Vaticano II, na Gaudium et Spes nº 10 – que “a chave, o centro e o fim de toda a história humana se encontram em [...] Cristo, o mesmo ontem, hoje e para sempre”. Amém.
(Homilia no Santuário de Fátima, 13/5/2007 – Texto publicado em www.santuario-fatima.pt)
(Revista Arautos do Evangelho, Out/2007, n. 70, p. 38 e 39)
Peço a todos que puderem rezar um terço, uma Ave-Maria que seja nesse dia, numa verdadeira corrente de oração e devoção a Nossa Senhora de Fátima.
A Mãezinha de Fátima tem uma graça especial para derramar na vida de cada um daqueles que acreditam na sua mensagem de paz e conversão, recorramos ao seu amor!
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