quinta-feira, 3 de novembro de 2011

«Haverá mais alegria no Céu por um só pecador que se converte»

 Comentário ao Evangelho do dia feito por São João Maria Vianney
(1786-1859), presbítero, cura de Ars - Sermão para o 3º Domingo de Pentecostes, 1º sobre a misericórdia
A conduta de Jesus Cristo durante a Sua vida mortal mostra-nos a grandeza da Sua misericórdia pelos pecadores. Vemos que todos vêm ter com Ele para Lhe fazer companhia; e Ele, longe de os repelir ou de Se afastar deles, pelo contrário, serve-Se de todos os meios para Se encontrar com eles, a fim de os atrair a Seu Pai. Vai buscá-los através dos remorsos de consciência; renova-os pela Sua graça e conquista-os com os Seus modos amorosos. Trata-os com tanta bondade, que chega a tomar a Sua defesa contra os escribas e os fariseus que os querem recriminar e que parecem não querer suportá-los ao pé de Jesus Cristo.

E vai ainda mais longe: de tal forma quer justificar a Sua conduta que, em atenção a eles, conta uma parábola que lhes mostra, da melhor maneira possível, a grandeza do Seu amor pelos pecadores, dizendo-lhes: «Um bom pastor que tinha cem ovelhas, tendo perdido uma, deixou todas as outras para correr atrás da que se tinha perdido e, tendo-a encontrado, pô-la aos ombros, a poupar à dureza do caminho. Depois, tendo-a levado para o redil, convidou os Seus amigos a regozijarem-se com ele por ter encontrado a ovelha que julgava ter perdido». Acrescenta ainda a parábola duma mulher que tinha dez dracmas e, tendo perdido uma, acendeu a sua lamparina para procurar em todos os recantos da casa e, tendo-a encontrado, convidou todas as amigas para se regozijarem com ela. «É assim, disse-lhes Ele, que todo o céu se alegra pelo regresso dum pecador que se converte e faz penitência. Não foram os justos que Eu vim chamar ao arrependimento, mas os pecadores; não são os que têm saúde que precisam de médico, mas os que estão doentes» (Lc 5,31-32).

Vemos que Jesus Cristo aplica a Si próprio essas vivas imagens da grandeza da Sua misericórdia para com os pecadores. Que felicidade para nós saber que a misericórdia de Deus é infinita. Que enorme desejo devemos sentir nascer em nós, de nos lançarmos aos pés de um Deus que nos receberá com tanta alegria!

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