terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Eu, porém, vos digo...



Para o cristão, não basta apenas não matar; até mesmo uma palavra ofensiva deve ser banida de nossa convivência. Não basta não trair o cônjuge, pois mesmo o torpe desejo deve ser evitado no nosso coração. O cristão deve ser santo como o nosso Pai do céu é Santo. Essa é a grande razão da moral cristã, participar da vida divina, mediante a graça santificante neste mundo e na eternidade.
Por isso mesmo, a liturgia nos aponta o que a fé cristã chama de Novíssimos: morte, juízo, inferno, paraíso, ou seja, as realidades últimas e definitivas que darão uma só vez, mas cujos efeitos durarão pela eternidade. Num mundo secularizado perdemos o sentido de eternidade. Não são poucos os que sustentam que o simples pensar na eternidade nos faria perder o empenho por este mundo, levando-nos uma atitude de alienação. Ledo engano! Quanto mais se tem em vista a eternidade, melhor se é neste mundo, procurando-se fazer bem feitas todas as coisas, tendo consciência de que haveremos de dar contas a Deus do que fizemos com a vida que Ele nos deu de presente neste mundo.
É isso o que Jesus nos indica com a parábola dos dois homens que caminham rumo ao tribunal. Eles são cada um de nós e o próprio Jesus que, mais que adversário( só no sentido de quem está adiante,ex adverso), nesta vida é nosso amigo, nosso advogado junto ao Pai(cf.1 Jo2,1). Somos convidados a nos reconciliar com Deus e os irmãos.Isso significa reconhecer as nossas faltas, buscar cada dia, à luz da Palavra de Deus, sermos dignos do nome que recebemos no dia de nosso Batismo: cristão,isto é, outro Cristo. Para isso, faz-se necessário uma vida sacramental em que levemos à sério o sacramento da Penitência ou Confissão, como meio de uma profunda conversão para nossas vidas. Que a oração da missa de hoje nos inspire a isso: "Ó Deus que prometestes permanecer nos corações sinceros e retos, dai-nos, por vossa graça, viver de tal modo que possais habitar em nós. Amém."

texto retirado do folheto da missa.

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